sexta-feira, 7 de outubro de 2011

As expressões opressoras, fingidas e loucas de Faraó

Introdução: As Escrituras Sagradas narram o faraó que estabeleceu José como Primeiro Ministro do Egito, como sendo homem bondoso, justo e humano. O faraó a que se refere o breve estudo é desconhecido de José, pois só assumiu o reino muitos anos após a morte deste. Possivelmente foi Amósis, fundador da XIII dinastia egípcia. Aquele homem soberbo representa todos os investidos de autoridade, mas que desafiam as leis de Deus e desejam oprimir os justos. O fim deles é responder diante do Todo-Poderoso por seus atos de crueldade e incredulidade.

1 – EXPRESSÃO DE MEDO. “O qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito e mais poderoso do que nós. Eia, usemos sabiamente para com ele, para que não se multiplique, e aconteça que, vindo guerra, ele também se ajunte com os nossos inimigos, e peleje contra nós, e suba da terra.” Ex 1.9-10 ARC. Faraó teme o grande contingente de hebreus.

2 – EXPRESSÃO DE SANGUINÁRIO. “E o rei do Egito falou às parteiras das hebreias (das quais o nome de uma era Sifrá, e o nome da outra, Puá) e disse: Quando ajudardes no parto as hebreias e as virdes sobre os assentos, se for filho, matai-o; mas, se for filha, então, viva.” Ex 1.15-16 ARC. O plano macabro desse sanguinário foi o de eliminar, na hora do parto, os meninos hebreus.

3 – EXPRESSÃO DE COVARDIA. “Então, ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todos os filhos que nascerem lançareis no rio, mas a todas as filhas guardareis com vida.” Ex 1.22 ARC. Os machos hebreus recém-nascidos que escapassem da morte seriam lançados aos crocodilos do rio Nilo.

4 – EXPRESSÃO DE INCREDULIDADE. “Mas Faraó disse: Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei ir Israel.” Ex 5.2 ARC. Faraó demostrou certo ateísmo diante de Moisés e Arão, quando estes apresentaram o plano da libertação dos israelitas.

5 – EXPRESSÃO DE INQUIRIÇÃO. “Então, disse-lhes o rei do Egito: Moisés e Arão, por que fazeis cessar o povo das suas obras? Ide a vossas cargas.” Ex 5.4 ARC. O rei acusava Moisés e Arão de ativistas contra o reino. Eles estavam ‘atrapalhando’ o reino egípcio. Sabemos que a ação deles não tinha esse sentido.

6 – EXPRESSÃO DE EXPLORAÇÃO. “Daqui em diante não torneis a dar palha ao povo, para fazer tijolos, como fizestes ontem e anteontem; vão eles mesmos e colham palha para si. E lhes imporeis a conta dos tijolos que fizeram ontem e anteontem; nada diminuireis dela, porque eles estão ociosos; por isso, clamam, dizendo: Vamos, sacrifiquemos ao nosso Deus. Agrave-se o serviço sobre estes homens, para que se ocupem nele e não confiem em palavras de mentira.” Ex 5.7-9 ARC. Diminuir o material e exigir a mesma produção: maldade!

7 – EXPRESSÃO DE OPRESSÃO. “Mas ele disse: Vós sois ociosos; vós sois ociosos; por isso, dizeis: Vamos, sacrifiquemos ao Senhor. Ide, pois, agora, trabalhai; palha, porém, não se vos dará; contudo, dareis a conta dos tijolos.” Ex 5.17-18 ARC. O materialismo desenfreado foi ‘justificado’ pela ‘produtividade’.

8 – EXPRESSÃO DE INSENSIBILIDADE. “Ide, pois, agora, trabalhai; palha, porém, não se vos dará; contudo, dareis a conta dos tijolos.” Ex 8.8 ARC. O sacrifício do trabalhador raramente é reconhecido e premiado. Tiago clama contra isso em sua escrita: “Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras e que por vós foi diminuído clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos.” Tg 5.4 ARC.

9 – EXPRESSÃO DE APARENTE ACORDO. “Então, chamou Faraó a Moisés e a Arão e disse: Ide e sacrificai ao vosso Deus nesta terra.” Ex 8.25 ARC. A promessa de Deus era uma terra distante para seus filhos; a terra que manaria leite e mel. Ler Gênesis 13.14-17. Não ali no Egito. A promessa de Jesus a seus escolhidos são as moradas da casa do Pai, não as benesses da terra presente. Jo 14.2-3.

10 – EXPRESSÃO DE RELIGIOSIDADE. “Então, disse Faraó: Deixar-vos-ei ir, para que sacrifiqueis ao Senhor, vosso Deus, no deserto; somente que indo, não vades longe; orai também por mim.” Ex 8.28 ARC. Reverência oportunista.

11 – EXPRESSÃO DE ESCAPE. “Então, Faraó mandou chamar a Moisés e a Arão e disse-lhes: Esta vez pequei; o Senhor é justo, mas eu e o meu povo, ímpios. Orai ao Senhor (pois que basta) para que não haja mais trovões de Deus nem saraiva; e eu vos deixarei ir, e não ficareis mais aqui.” Ex 9.27-28 ARC. Aparente conversão diante de situação desfavorável; um breve alívio, e mais rebeldia.

12 – EXPRESSÃO DE CONTROLE E COAÇÃO. “Então, Moisés e Arão foram levados outra vez a Faraó, e ele disse-lhes: Ide, servi ao Senhor, vosso Deus. Quais são os que hão de ir? Então, ele lhes disse: Seja o Senhor assim convosco, como eu vos deixarei ir a vós e a vossos filhos; olhai que há mal diante da vossa face.” Ex 10.8,10 ARC. Faraó quis impedir que a família fosse unida e salva. Satanás quer estabelecer limites no ensino dos princípios cristãos aos infantis. Fora reis e demônios! “Eu e minha casa serviremos ao Senhor!”

13 – EXPRESSÃO DE PAVOR. “Então, Faraó se apressou a chamar a Moisés e a Arão e disse: Pequei contra o Senhor, vosso Deus, e contra vós. Agora, pois, peço-vos que perdoeis o meu pecado somente desta vez e que oreis ao Senhor, vosso Deus, que tire de mim somente esta morte”. Ex 10.16-17 ARC. Os maiores ateus clamam nas horas de pânico e solidão. Isso em oculto!

14 – EXPRESSÃO DE APARENTE LIBERDADE. “Então, Faraó chamou a Moisés e disse: Ide, servi ao Senhor; somente fiquem vossas ovelhas e vossas vacas; vão também convosco as vossas crianças.” Ex 10.24 ARC. Faraó sabia que ‘onde estiver o vosso tesouro estará o vosso coração’. Os hebreus voltariam para buscar seu ‘patrimônio’. Daí a exigência da permanência dos animais como estratégia.

15 – EXPRESSÃO DE AMEAÇA. “E disse-lhe Faraó: Vai-te de mim e guarda-te que não mais vejas o meu rosto; porque, no dia em que vires o meu rosto, morrerás.” Ex 10.28 ARC. Foi uma ‘profecia’. Moisés não mais viu esse faraó.

Conclusão: O rei Faraó morreu nas águas do Mar Vermelho com suas tropas. Ele desprezou as inúmeras oportunidades de conversão oferecidas por Deus. Suas expressões eram de desdém aos israelitas e de desafio ao Senhor Deus. Nossas palavras podem nos condenar ou nos justificar. Os cristãos devem orar pelas autoridades, mas não devem crer na fidelidade permanente delas. Fiel é Deus!

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