terça-feira, 4 de outubro de 2011

filhos de Deus Lucas 15.11-13,15-19

A parábola do filho pródigo, como esta narrativa é normalmente chamada, é uma das histórias mais amadas em todo mundo.

“E, poucos dias depois, o filho mais novo... partiu para uma terra longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda” (Lc 15.13). Esta foi a razão pela qual o filho pediu a sua herança. Ele queria desfrutar os prazeres, queria “cair na farra”. Ainda não tinha aprendido que aquilo que plantarmos, colheremos.

Não se sabe onde ficava este local, mas sem dúvida era um país bem além das fronteiras de Israel. A dissipação dos seus bens indica que seu dinheiro foi mal gasto e chegou ao fim. E houve naquela terra uma grande fome, e esta era comum as terras orientais, mas em um sentido muito real esta era a própria fome pessoal do jovem. Este efeito foi aumentado no caso dele, devido à sua prodigalidade e pecado. Observe a relação gramatical próxima entre ter gasto tudo, e a vinda da fome. Ele estava destituído: estava sem dinheiro, sem trabalho, e sem amigos. Amigos que ele escolheu amavam o seu dinheiro, porém não o amavam.

Maltrapilho, sozinho e com fome o jovem procurou uma ocupação. O único emprego que conseguiu era inadequado à sua condição social e à sua religião. Os judeus eram proibidos de comer carne de porco. Eles podiam criá-los e vendê-los aos gentios, mas o trabalho de administrá-los era um dos mais baixos na escala social. O jovem não apenas aceitou o emprego, como estava disposto a ponto de comer o mesmo alimentos dos porcos. Tendo deixado a sua casa em busca de liberdade, ele encontrou, ao invés disso, escravidão e privação.

Como se estivesse se levantado de um pesadelo. Ele esteve moral e espiritualmente cego, não era capaz de enxergar as coisas como elas realmente  eram; seu senso de valores estava desequilibrado. Agora ele via muitas coisas mais claramente e a partir de uma perspectiva certa. Mas principalmente via a si mesmo como ele realmente era. Viu que não estava apenas destituído, mas que aquele pecado – o seu próprio pecado – era a causa. Tendo uma clara visão da situação, ele foi capaz de escolher o remédio correto; se arrepender e voltar. Tanto o arrependimento quanto o retorno lhe eram necessários, e o mesmo é verdadeiro em relação a qualquer pecador.

O final desta parábola é belíssimo, o filho retorna ao lar e o seu pai, o recebe de braços abertos.
Deus está de braços abertos, a espera daqueles que saíram do caminho da salvação.

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