segunda-feira, 3 de outubro de 2011

OS ANTICRISTOS NO MUNDO

Diferentemente do Anticristo que virá, muitos anticristos já naquele tempo haviam se manifestado e ainda se manifestam (2 Jo 1.7). Além destes, existem ainda os falsos profetas, homens enganadores que se fazem de cristãos para, se possível, enganar a Igreja (2 Pe 2.1; 1 Jo 4.1). Este fato atesta a advertência do apóstolo do amor quanto à realidade de que o "espírito do anticristo" (4.3) já está atuante e em plena operação, delineando a plataforma para a sua aparição e, ao mesmo tempo, guiando os pequenos anticristos. João apresenta algumas características destes anticristos, as quais merecem ser estudadas.
1. Saíram do seio da igreja. Estes falsos mestres se haviam infiltrado na comunidade cristã com o fim de mesclar-se entre os irmãos para perverter a doutrina dos apóstolos. Pareciam cristãos, mas não o eram de fato. Abandonaram a igreja talvez por terem falhado em seus propósitos de desviar o povo. Esta foi a prova que desmascarou sua real intenção. Ainda hoje há muitos que se dizem cristãos, mas na verdade não o são. Misturados no meio do povo de Deus, são verdadeiros lobos em peles de ovelha. A Bíblia nos adverte várias vezes contra estas pessoas (Mt 24.24; 1 Tm 4.1,2; 2 Pe 2.1; Jd 1-19). Cabe a nós apercebermo-nos da existência destes falsos mestres em nosso meio.
2. Negavam a sã e principal doutrina cristã. Os falsos mestres da época não admitiam que Cristo tivesse vindo em carne, negando assim o próprio Deus, já que Ele mesmo deu testemunho de Jesus (1 Jo 5.9; Jo 5.32-38; 8.18). O Filho de Deus é a mensagem central de toda a Bíblia; o apóstolo Paulo nos ensina que, em Cristo, todas as coisas serão congregadas (Ef 1.10) e que ao nome dEle todo joelho se dobrará, e toda língua confessará que Ele é Senhor (Fp 2.10,11). Qualquer ensinamento que negue isso é maldito (1 Co 16.22; Gl 1.8,9). Assim, esses mestres negavam a Cristo, a sã doutrina e a própria fé.
3. Queriam enganar os fiéis. A intenção dos falsos cristos e falsos profetas é enganar (Mt 24.24; 1 Tm 4.1,2). E só não conseguiram seu intento entre os leitores de João porque estes tinham o Espírito de Deus (v.20) e sabiam a verdade (v. 21). Jesus, quando falou a respeito do Espírito que enviaria, disse que Ele nos guiaria em toda a verdade (Jo 16.13), pois é chamado de "Espírito da verdade". Ele nunca deixará que sejam enganados aqueles que o têm em seus corações (1 Co 3.16; 6.19). Entretanto, espera-se dos filhos de Deus que conheçam as Escrituras (Sl 1), porque são Elas que nos fazem sábios (2 Tm 3.15). O salmista compara a Palavra a uma lâmpada para os pés e a uma luz para o caminho (Sl 119.105). Ela é a nossa bússola que não nos deixa errar o alvo (Fp 3.14). Nenhum falso mestre terá êxito em desviar pessoas que conhecem a verdade. Pois estes cristãos, alicerçados na Palavra, farão como os crentes em Beréia, que examinavam as Escrituras para confirmar se a pregação de Paulo e Silas era biblicamente confiável (At 17.11).

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