sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A tríade do risível

O filósofo escocês David Hume já dizia: “O afirmar e o negar implicam um conhecimento abissal”. Apoiando-me nestas palavras quero mostrar que em nosso meio tem muitas pessoas que afirmam ou negam sem ao menos conhecer a Bíblia mais profundamente.

Se olharmos o discurso de três homens que falam muito em dinheiro AO QUAL denominaremos de 1, 2 e 3 (para não citar nomes) veremos algo similar em todos eles comecemos pelo 1:

A teologia da prosperidade tanto pregada por ele não tem apoio bíblico chegar ao cúmulo de afirmar (veja bem eu escrevi afirmar e não supor) que servos de Deus não adoecem e não vivem ou não tenham problemas financeiros é no mínimo desconhecer a Bíblia como um todo, base bíblica farta para refutar esses ensinamentos existe. Mas vou deixar apenas no que diz respeito a aflições entendendo que envolve ou se estende a provações, doenças, problemas financeiros ou quaisquer outras coisas, não esquecendo que existe mais base bíblica para cada um dos assuntos (Sl 34:19; Sl 132:1; Jo 16:33; Rm 8:18; II Co 11:5-7; 6:4; Cl 1:24; II Ts 1:4; II Tm 1:4,8; 2:3; 3:11; 4:5; ainda tem mais... paro por aqui).

Não obstante, não estou defendendo que temos que sofrer, mas admito veementemente que passamos por tudo isso e que venceremos em um determinado tempo, agora o que não aceito é dizer que só passamos por isso se quisermos, só adoecemos porque pecamos ou não cremos. De fato, isto não se sustenta biblicamente falando.

2, além de ter um pouco do um ainda incorre em tantos erros pelo fato de ser aquele pregador ranzinza parece que sempre prega com raiva sai metralhando tudo com sua espingarda do AFIRMAR. A algum tempo atrás se envolveu em uma confusão afirmando que um pastor era bruxo, simplesmente porque Deus agia através das suas mãos com muitas curas e de uma maneira que ele não tinha aprendido na escola dominical. Esse pastor (o acusado) veio em nossa igreja e fiz provas (percebi que nem era bruxo e nem curandeiro) de suas palavras e o do agir de Deus em suas mãos, verifiquei que 2 estava errado porque não fez uma averiguação acurada do assunto, sempre a vontade de afirmar e afirmar prevaleceu...

Agora mesmo estava ouvindo radio e 3 fazia críticas e chamando pessoas de burras e ignorantes (até parece que ele é Philosophiæ Doctor formado em Harvard, Coimbra, Oxford ou sei lá qual) por cair na presença de Deus ou no poder do Espírito sinceramente fiquei pasmado, e triste, e indignado, e ri bastante. Afirmar que todos os que caem são endemoninhados é de uma ignorância sem tamanho ou insensatez em afirmar algo como isto.

Tenho quatro bases bíblicas ( e veja que eu conheço pouco a Bíblia) para afirmar que ante ao poder do Todo-Poderoso fica difícil ficar de pé, eu não quero discutir aqui os desdobramentos disso, (se alguém empurra, se houve tropeços, se se batem, se foi porque quiseram) eu escrevi quatro bases bíblicas e não versículos forçados, mas não vou colocar aqui por estar em meu livro entrevista com Deus (eu estou apostando muito nele e não quero adiantar nada dele)

A propósito, vou mais longe, as pessoas que ele insiste em dizer que caem endemoninhadas (que não sejam cheias do espírito de fato). Em quase trinta anos de evangelho também já fui levado a cometer essas criancices teológicas, vamos às outras probabilidades: esquizofrenia, epilepsia, síndrome de pânico, a pessoa se passar por endemoninhada e muitas outras que ainda estou estudando e procurando entender.

Quero que você me entenda o que estou querendo mostrar ao longo do texto: é que antes de se afirmar ou negar categoricamente é necessário um aprofundamento, um olhar octogonal, quando possível usar a ciência, a filosofia, a psicologia, dentre tantos outros recursos e não apenas acreditar que sou o bicho apoiando-me em algumas coisas que ouvi falar de meu pastor ou no meu curso básico de teologia.

Acrescente a tudo isso que os três são pregadores de um tema só:
1: teologia da prosperidade (dinheiro e enfermidades)
2: teologia da prosperidade (dinheiro e vitória)
3: teologia da prosperidade (dinheiro e dinheiro)

Pode ser que eu tenha passado batido, mas nunca assisti uma pregação de 1 sobre a Glória de Deus; de 2 sobre a intimidade do Senhor; de 3 sobre a nova Jerusalém ou algo semelhante. E isso se dá infelizmente não porque querem, mas porque não podem ou talvez não vivam na expectativa destes outros temas.

Por aí percebemos que estes homens teologicamente ainda faltam muito para chegar a um Aldery Nelson ou um Yossef Akiva com respeito aos conhecimentos aprofundados da Bíblia e a sensatez naquilo que falam.

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